Você sabia que o inox pode sim enferrujar? Parece até contraditório, mas até mesmo uma das matérias-primas mais resistentes à oxidação pode se render ao poder da ferrugem se não utilizada corretamente.
O que é a oxidação?
Antes de entender como o inox pode enferrujar, é importante compreender os princípios da oxidação.
A oxidação é um processo de perda de elétrons em átomos, íon ou moléculas, que resulta no ganho desses elétrons por outra espécie, modificando assim a substância, conforme explica matéria do Brasil Escola (clique aqui para ler completa).
Vale ressaltar que se trata de um processo natural que ocorre com o aço por conta da presença do ferro.
E por que o aço enferruja?
Em contato com o oxigênio, surge no aço um novo elemento chamado óxido de ferro, a ferrugem. Unido a água, presente na umidade do ar, por exemplo, o processo de corrosão inicia, deteriorando essa matéria-prima.
Qual o segredo do aço inox?
Após saber essas informações básicas sobre o processo de oxidação, é normal você se perguntar: e por que o aço inox não enferruja? A resposta está em um elemento presente na composição desse metal: o cromo, responsável por criar sob a superfície do aço uma película protetora, também conhecida como camada passiva, que impede o contato com o ar atmosférico e a água.
O que pode então enferrujar o aço inox?
Dito isso, por que pode se encontrar equipamentos em aço inox com pontos de oxidação (superficial) ou até mesmo totalmente enferrujados, impossibilitados de serem revitalizados e utilizados novamente? A resposta está também na composição do inox.
Com o passar dos anos, diversas composições foram surgindo para suprir determinada demanda do mercado, tanto para melhoria de custos quanto para aumento de durabilidade. É importante entender que há diferentes tipos de inox, separados em três famílias: ferríticos, martensíticos e austeníticos. Cada uma dessas categorias possui propriedades exclusivas, que precisam ser direcionadas para o seu devido propósito.
O inox que será utilizado em uma cozinha industrial não é o mesmo utilizado em uma tubulação petrolífera, pois são necessidades distintas.
Entre tantos tipos de inox, o 430 e o 304 são os mais conhecidos e pertencem a famílias diferentes. Enquanto o primeiro está nos ferríticos, o segundo compõe os austeníticos. O primeiro não pode ser utilizado em regiões litorâneas de forma alguma, bem como piscinas, pois certamente terá problemas com oxidação. O segundo é recomendado para essas áreas, sendo ainda mais seguro o uso do 316.
A grande diferença dessas duas linhas é a presença do níquel, elemento ausente nos ferríticos. No entanto, um outro ponto muito importante é também a porcentagem de cromo presente: entre 11% a 20% dos ferríticos contra 17% e 25% dos austeníticos, pesando, sobretudo, o fator do níquel nestes últimos, com dosagem de 7% e 20%.
Da mesma forma, se o 304 for utilizado no segmento petrolífero, a depender do uso, também terá problemas com oxidação, sendo necessário o uso do 316 ou ainda de alguma outra linha superior dentro dos austeníticos.
Conclusão
Diante de cenários onde são colocados tipos de aços não recomendados para determinada aplicação, as chances de oxidação mesmo sendo inox são altas. Por isso, é importante a orientação técnica para a escolha correta, conforme uso. Para isso, uma avaliação inicial deve ser feita, levando em conta todas essas necessidades.
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Portanto, o inox é uma matéria-prima que garante vida útil dos produtos fabricados, porém, é necessário ter todo o cuidado técnico para aplicação da família correta conforme necessidade.