O aço inoxidável é uma das matérias-primas mais utilizadas no mundo. Presente em casas, indústria e comércio, seu uso é recomendado por órgãos de segurança, como, por exemplo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que normatiza os critérios para equipamentos de áreas como alimentar e da saúde.
As vantagens dos produtos fabricados em inox são inúmeras, sobretudo sua resistência à oxidação, mas para que esse material tenha cada vez mais eficácia, é necessário que o tipo de inox correto seja utilizado a depender de sua aplicação.
O segredo do aço inox
Antes de tudo, é importante entender como funciona o inox, e o porquê de suas diversas resistências. O principal elemento químico que faz parte da composição do inox é o cromo, que forma uma película fina, aderente e protetora, conhecida como camada passiva. Essa proteção impede que o oxigênio do ambiente entre em contato com o aço, evitando assim o processo natural de oxidação.
A camada passiva se revitaliza ao entrar em contato com atmosferas oxidantes ou com o ar do ambiente. Isso significa que, mesmo quando danificada, a camada passiva pode se recuperar. Além disso, em regiões litorâneas, onde a maresia é intensa, o inox é amplamente utilizado por ser menos afetado pela ressalga, o que aumenta significativamente sua durabilidade, especialmente em comparação com outros materiais disponíveis no mercado.
No setor laboratorial, por exemplo, onde há manipulação de substâncias diversificadas, o inox não sofre alteração, além de não reagir ao entrar em contato com outros elementos, graças a camada passiva. Logo, os equipamentos, como uma bancada inox, por exemplo, não modificam o odor, sabor ou cor do que é manipulada sobre ela.
Outros elementos presentes no inox são níquel, molibdênio, vanádio e tungstênio, que darão diferentes características ao inox a depender da porcentagem aplicada em sua composição.
Portanto, é fundamental destacar que, quando a camada passiva se deteriora devido a tratamentos térmicos, soldagem, exposição a meios corrosivos ou acúmulo de sujeira, torna-se necessário realizar um processo de “repassivação”. É preciso que o tratamento, por sua vez, seja conduzido por profissionais especializados.
Os diferentes tipos de aço inox
O inox está presente desde em um talher de uma cozinha, como em grandes estruturas petrolíferas. E essa variedade é possível por conta dos diferentes tipos de inox existentes no mercado, conhecidas como linhas 200, 300 e 400. Cada numeração corresponde a diferentes quantidades de elementos usados para fabricação, que formam as famílias do austeníticos, ferríticos e martensíticos.
Aliás, é interessante saber que o termo usado para classificar as diferentes composições do inox é a norma AISI (American Iron and Steel Institute), uma norma internacional para os inox.
Abaixo explicamos cada tipo de inox.
Austeníticos
Composta por baixo nível de carbono e forte presença de cromo, é a família onde encontram-se os tipos 300. É amplamente utilizado no mercado por sua excelente resistência à corrosão, ductilidade e soldabilidade, o que permite uso versátil para conformação sem perder as resistências. Além disso, não são magnéticos, e são usados para fins estruturais.
Tipo de aço inox austeníticos
AISI 304:
Sem dúvidas, esse é o tipo de inox mais utilizado em toda a indústria, pois reúne excelentes características gerais, como resistência à oxidação, além de ser fácil de soldar e estampar. Além disso, é amplamente aplicado em diversas áreas, incluindo laboratórios, hospitais, setores navais e alimentícios, entre outros.
AISI 304L:
Todo tipo de inox com a presença do “L” em sua sigla demonstra uma versão aprimorada do seu semelhante, com presença reduzida de carbono, própria para soldagem por sua maior resistência à corrosão;
Aço 310:
Usado para altas temperaturas é um dos aços inoxidáveis considerados refratários suportando trabalhar em uma temperatura de até 1150º C.
AISI 316:
Tem a mesma composição do 304, com adição de aproximadamente de molibdênio, elemento que potencializa a resistência à corrosão. Recomendado para objetos cirúrgicos ou em ambientes mais suscetíveis à corrosão, como em regiões de maresia e químicos de alta oxidação;
AISI 316L:
Versão melhorada do 316, quando da necessidade de proteção contra correção intercristalina;
AISI 904L:
É tipo de inox austenítico mais resistente em todos os sentidos. Tem adição de cobre, além de molibdênio, o que faz com que se torne o aço ideal para ambientes extremamente corrosivos, sobretudo os de celulose e petroquímicas.
Ferríticos
Na família dos ferríticos, estão os AISI 409, 410, 430, 439 e 441. Não contém níquel em sua composição, e, apesar da boa resistência à oxidação, tem maior chances de sofrer corrosão do que o irmão austenítico.
São recomendados para aplicações que envolvam variações de temperatura. São magnéticos, e com alta condutividade térmica. Também é opção para substituir os austenítico porque é encontrado no mercado por um menor valor.
Tem aplicação no segmento automotivo, eletrodomésticos e arquitetura.
Tipo de aço inox ferríticos
AISI 409:
Trata-se de um dos primeiros inox fabricados no Brasil, conta com boa estampagem e soldabilidade. Utilizado em sistemas de exaustão de gases em motores de explosão, por exemplo, como escapamentos.
AISI 430:
É o mais popular dos ferríticos. Utilizado em soldas menos exigentes, como bancadas e mesas;
AISI 439:
Conta com titânio, o que o faz ser melhor em estampagem resistência à corrosão com relação ao 430. Por exemplo, sendo amplamente utilizado em cestos de máquinas de lavar, fornos micro-ondas e no revestimento de equipamentos de aço carbono nas indústrias de açúcar e álcool.
AISI 441:
Tem adição de nióbio que permite torná-lo sobretudo um excelente condutor de fluência em altas temperaturas.
Martensíticos
São os tipos de inox 420 e 410, e contam com alta resistência mecânica e dureza, apresentando pouca soldabilidade, mas forte resistência ao desgaste. É magnético. Em relação a seus irmãos, tem maior propensão a reação corrosiva.
Os martensíticos de baixo carbono estão presentes em turbinas, enquanto os de médio carbono na fabricação de cutelaria, e os de alto carbono destinados a itens que sofrerão alto desgaste.
Inox duplex
Resultado de uma mistura entre os tipos aços inox austeníticos e ferríticos, o inox duplex conta com a resistência mecânica, imunidade a corrosão sob tensão e boa soldabilidade. Apresenta alta resistência à oxidação, o que o torna especialmente adequado para estruturas instaladas em alto-mar, como por exemplo as utilizadas nas indústrias petroquímicas.
Conclusão
Não existe o melhor tipo de inox, mas sim o ideal a ser utilizado em determinada aplicação. O inox é versátil e suas diferentes composições influenciam diretamente na rotina da peça, bem como em seu custo. Portanto, conhecer os tipos de inox é essencial para obter a totalidade de seus benefícios. Por isso, a orientação profissional torna-se primordial para garantia da aplicabilidade, durabilidade e resistências.
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A empresa atendeu projetos como o aeroporto de Florianópolis e as linhas Amarela e Lilás do metrô de São Paulo. Com alcance nacional, ela segue rigorosamente os critérios de segurança estabelecidos pelos órgãos reguladores de cada segmento, garantindo a segurança e eficácia dos projetos.